Soneto Para a Alma Inquieta
Da minha angustia nascem versos
Inconstantes, revoltados com esse mundo
Com esse tudo que mesmo sem nenhum sentido
Inventa uma sentido para tudo
Nasce o verbo sem cor,ainda mudo
Sozinho sem saber com que rimar
Há nele o silêncio mais profundo
Há nele a estrondosa revolta do mar
São como feições feitas de vidas
De sílabas egoístas que ao perderem par
Abrem na carne largas feridas
E hoje minha alma que é inquieta
Ascendeu, transformou-se em poesia
Deslizando esguia, solta à flor da pele