A natureza é sábia e justa: o vento sacode a árvore e move os galhos
para que todas as folhas tenham a sua oportunidade de ver o sol.
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SOMBRAS
Findou o inverno, inda caem as folhas…
Sou pássaro arrastado p’lo vento
Planando nos instantes do tempo
Enfrentando precipícios, trevas…
Em mim sopram as dores da saudade,
Sinto um nó no peito, tão sofrido…
Meu coração, em lágrimas, dorido,
Anseia o sopro da eternidade!
Clama pela escuridão das horas...
No descanso da noite que tarda,
Onde tu, solidão, também moras,
Encontrará a sua madrugada!
Imagens do passado, tão frias,
São sombras que vivem nos meus dias…
Ouvindo Fado: «Tristes Horas» - Gonçalo Salgueiro
Ana Flor do Lácio (01/10/2011)