Óculos

Sob teu mundo as janelas entreabrem

Anexo de meus olhos, são vitrais de vida

Espelho de minh'alma à visão perdida

Convexo de mundos que chaves não abrem.

As janelas são mais belas, as montanhas

Mais perfeitas, e o canto do passarim

Passam, a ser mais parte do todo; de mim

E os meus olhos aos puros teus barganhas.

As partes do mundo que vejo também

Nessa relação que nossos olhos focam

As nossas duras dores dormentes

Se é que nossos mundos tocam

Talvez minha dor vai mais além

Da vossa dor; por ser lente...

PS: Soneto simplesmente dedicados aos óculos que nos devolvem as belas cores e a nitidez da vida!!!

Silva Neto
Enviado por Silva Neto em 22/12/2006
Reeditado em 11/02/2008
Código do texto: T325218
Classificação de conteúdo: seguro