Óculos
Sob teu mundo as janelas entreabrem
Anexo de meus olhos, são vitrais de vida
Espelho de minh'alma à visão perdida
Convexo de mundos que chaves não abrem.
As janelas são mais belas, as montanhas
Mais perfeitas, e o canto do passarim
Passam, a ser mais parte do todo; de mim
E os meus olhos aos puros teus barganhas.
As partes do mundo que vejo também
Nessa relação que nossos olhos focam
As nossas duras dores dormentes
Se é que nossos mundos tocam
Talvez minha dor vai mais além
Da vossa dor; por ser lente...
PS: Soneto simplesmente dedicados aos óculos que nos devolvem as belas cores e a nitidez da vida!!!