SONETO DA DISRITMIA
SONETO DA DISRITMIA
Quem inventou o universo discriminou o que é bom e o que é perverso
O Sol pré-histórico, e sua autopromoção a rei na morte esta submerso.
Atulhado em detrito, deflagrando guerras,... Perceptibilidades ilustres virando caça
Vomitando sua ira bestial, natural, na natureza, é arma de destruição em massa.
Escória da galáxia, em sua rotação apática o ozônio agoniza asmático
Na sua translação cada face da noite ou dia é a insônia de nações em avaria.
Doentes homo sapiens e seus inventos insanos idéiam vidas em um céu lunático;
Ferveu o mar, geleiras resfriadas, rios assoreados, seu cosmo está em disritmia.
Quero minha oca na minha taba, no meu cárcere com meu povo bem-aventurado
Desprezo o nojento progresso indecente que prospera nesse submundo
E o que ocorrerá quando esse astro que desterra se tornar infecundo???
Minha lua monte belo represada, minha vida amazônica infectada
Há anos luz, meu espaço mendiga uma raça mais humanizada
Por favor!!! Despertem a atual que já está se tornando fossilizada.
CHICO DE ARRUDA.