SONETO (EMBATE ENTRE ANJOS E O DEMÔNIO)
SONETO (EMBATE ENTRE ANJOS E O DEMONIO)
Na plaga da aurora virginal a semente do veneno
Gera um ente do mal ansiando ser carnal
Mas há um arranjo invejável na asa do obsceno
Quiça queira que as trevas seje imortal.
E no corredor polonês, espancaram o ser que julgaram pequeno
Penas misturadas ao chifre estertoraram no valo celestial,...
Humilhado, o juvenil diabinho odiou sua atitude fraternal
Desvendou teu pálio infernal e o dia escuro tornou-se pleno.
Subjugaram seios de outros céus
Arderam nas profundezas dos aflitos
E cingiram-se em uma lamúria familiar.
Na penação não houve vencedor ou vencido, eram todos réus
Anjos almejando ser demônio cometendo seus delitos
E o demônio, antes angelical, pleiteando a autenticidade do pai invulgar.
CHICO DE ARRUDA.