O teto da cidade

Da varanda assobradada

Podia ver o teto da cidade

Cobrindo a desigualdade

Que não se revela, calada

Pássaros , antes silvestres

Nos fios esperam a manhã

Mescla do urbano e agreste

No tear de alguma tecelã

Janelas lacradas escondem

Gemido de dor ou desafeto

A vida vivendo cada alguém

Mistério vivo sob cada teto

Todos atrelados a um roteiro

Brotam do chão fazendeiro

Roberto Chaim
Enviado por Roberto Chaim em 01/10/2011
Reeditado em 01/10/2011
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