O teto da cidade
Da varanda assobradada
Podia ver o teto da cidade
Cobrindo a desigualdade
Que não se revela, calada
Pássaros , antes silvestres
Nos fios esperam a manhã
Mescla do urbano e agreste
No tear de alguma tecelã
Janelas lacradas escondem
Gemido de dor ou desafeto
A vida vivendo cada alguém
Mistério vivo sob cada teto
Todos atrelados a um roteiro
Brotam do chão fazendeiro