"PÁGINA VIRADA"
Em seu olhar sempre seguro
O mais puro enlevo de amor
No mais se negou ter mais vida,
Pois sofrida sentia a ingratidão.
Já não era donzela bela
Que em fulgor e ternura
Inspirava a quantos a viam,
E nela sentiam seu esplendor.
Deixou de ser o que sempre fora
Sem precisar os retoques
Pois a real vida lhe adotou.
Era tudo enquanto durou.
Agora, já que se foi embora,
Morreu... Tornou-se apenas ‘página virada’...
(ARO.1992)