EMOÇÕES VERBERADAS
Não me importa se poucos irão ler
Os versos que só a mim têm a dizer.
Lembram fotos antigas, desbotadas,
Relicário de emoções verberadas.
Melhor fora ficassem escondidos,
Longe de olhares pouco comovidos
Com o sofrimento oculto do poeta
Que na dor se revela grande esteta.
Se pareço egoista neste afã
Pode ser que a história mude amanhã.
Quem sabe, por empatia de alguém
Que do amor fez seu calvário também,
Esses versos viajem mundo afora
Desnudando a tristeza que me aflora.
----
Interação de Reinadi Rodrigues Sampaio:
DESMEDIDA DOR
Ó dor muda, se ao mundo eu te gritasse,
Quando tua voz silenciosa impera,
O que em mim vai e aos pouco dilacera...
Se tu, ó dor, tão dentro, não vibrasse,
Talvez, esta minh'alma muda, achasse,
O amanhã que agora vê tão distante,
Desmedido, infinito, tenebrante,
E, perdida, não mais ela vagasse,
Sentindo esta dor que dói incessante,
Que, silenciosa, caminha errante,
Clamando... Porque nada a satisfaz
Ter que calar o que explode no peito
E segredar somente ao frio leito...
Ó, triste alma, que chora, sem ter paz!
Não me importa se poucos irão ler
Os versos que só a mim têm a dizer.
Lembram fotos antigas, desbotadas,
Relicário de emoções verberadas.
Melhor fora ficassem escondidos,
Longe de olhares pouco comovidos
Com o sofrimento oculto do poeta
Que na dor se revela grande esteta.
Se pareço egoista neste afã
Pode ser que a história mude amanhã.
Quem sabe, por empatia de alguém
Que do amor fez seu calvário também,
Esses versos viajem mundo afora
Desnudando a tristeza que me aflora.
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Interação de Reinadi Rodrigues Sampaio:
DESMEDIDA DOR
Ó dor muda, se ao mundo eu te gritasse,
Quando tua voz silenciosa impera,
O que em mim vai e aos pouco dilacera...
Se tu, ó dor, tão dentro, não vibrasse,
Talvez, esta minh'alma muda, achasse,
O amanhã que agora vê tão distante,
Desmedido, infinito, tenebrante,
E, perdida, não mais ela vagasse,
Sentindo esta dor que dói incessante,
Que, silenciosa, caminha errante,
Clamando... Porque nada a satisfaz
Ter que calar o que explode no peito
E segredar somente ao frio leito...
Ó, triste alma, que chora, sem ter paz!