SONETO DA SOLIDÃO

Por certo o meu devastado coração,

Que tanto, sem piedade tu feriste

Segue tristonho, e sem solução

Para o pranto que tu não ouviste

Seus olhos juntavam ao meu olhar

Sem palavras apenas medo e mistério

Coração palpitava leve e devagar

Fitava-me seu rosto, frio e sério

Expôs-me o seu sofrimento e desencantos

Chorei, lamentei, desfiz minha ilusão

Por fim, fez-se a alegria em quebrantos

Nem ao menos pude dizer do meu amor

De minhas alegrias, encantos, e paixão

Foi-se, desmanchou , não notou minha dor.

Samara Azevedo
Enviado por Samara Azevedo em 30/09/2011
Código do texto: T3249504
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