Vira Latas
Seguindo, sem rumo e sem destino.
Tropeçando, caindo, não para.
Um vira latas sem dono
Solto no abandono.
Não para, vai seguindo...
Revira latas, come sobras, sem porto seguro.
Não pensa em nada.
E assim que cumpre sua jornada.
Nas esquinas para, pensa,
Não sabe se vira, se segue, se fica.
É duvida? Então não para, segue...
E quando ao sol causticante,
Uma sombra depara
Nela para, descansa e se acalanta.
Vou seguindo, sem rumo e sem destino...
Tropeçando, caindo, mas não paro.
Saio feito vira latas sem dono
Solto no abandono...
Não paro, vou seguindo...
Longa estrada, sem porto seguro.
Saio em desatino sem pensar em nada.
Talvez eu cumpra assim minha jornada.
Nas esquinas, paro, penso.
Se viro, se sigo, se fico.
É duvida? não paro, eu sigo.
E quando ao sol causticante.
Uma sombra eu deparo.
Nela paro, descanso, meu acalanto.