"QUASE PERFEITO"
Sol mentiroso, nas nuvens escondido
Só mostrando os raios em ‘flash’ compassado.
Chuva fina, miúda, que nem atende ao pedido
Do homem do campo que trabalho no arado.
Calor incessante que agoniza e sufoca
Cozinhando os miolos do viajante incerto.
Temporal inoportuno que derruba a maloca
Alagando e destruindo tudo longe ou perto.
Chuva e Sol: casamento quase perfeito
Que regula a natureza, cada um a seu jeito,
Que controla e condiciona cada estação:
Primavera, Inverno, Outono e Verão.
Chuva e Sol, ora rebeldes, ora simpatia,
Não fossem suas variações, a vida não existiria...
(ARO. 1991)