Os prazeres carnais

"Como de dous ardores se encendia,"

Luís de Camões

Nua; ao cevar-me a fome sem pudores;

Sacia-se as delícias; quando a dá-la

Aquele corpo nu, se o amor me embala...

Vem: "lambe-me essa fome dos furores."

Com os teus seios ardentes; aos ardores,

Quero mordê-los tanto; que me abala!...

Abaixo d´água; até colar-me a sala,

Vem: "lambe a minha verga dos amores!"

Meu tesão, minha amante, sem pudor

Amo-te! Amo-te tanto amor ardente!

A carne, sem anseio; meu amor...

O torso nu, que fazes os meus lados;

Do sexo exuberante, a alma fulgente

Que o teu prazer me ceva esses passados.

Autor:Lucas Munhoz 30/09/2011

Lucas Munhoz (Poeta clássico)
Enviado por Lucas Munhoz (Poeta clássico) em 29/09/2011
Reeditado em 29/09/2011
Código do texto: T3247742