... OUVINDO VICENTE CELESTINO ....
Ofereço este humilde soneto ao meu conterrâneo Antonio Maria, um poeta exímio.
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Havia o luar naquela noite;
O céu, um oceano de luz prata;
O vento, em passadas pela mata,
Travava com as palmeiras, certo aloite...
Um casal de corujas na porteira,
Refletiam nos olhos duas luas,
Enquanto se aninhavam nas cafuas,
Dos antigos mourões, pela soleira...
Na varanda, ouvi uma canção,
De letra tão pungente, tão profunda,
Cantada com a alma... Que divino!!!...
Eis qu’a lua corria em seu clarão;
Em meus olhos, u'a lágrima redunda,
E, pelo espaço, a voz de Celestino...
Aarão Filho
São Luís-Ma, 28 de Setembro de 2011