XX XVII

Tu pareces não crer que eu possa amar,

Pensas que minto as coisas que te digo,

Teu coração pressente vil perigo

E continua assim, sem se entregar.

Confesso que joguei o Amor ao mar

E a traição mandei levar consigo,

Desejei não mais tê-lo aqui comigo,

Desejei nunca mais ser par...

Mas ele volta aos poucos nas marés

Desses teus olhos, onde eu molho os pés,

Onde eu molho a esperança que regressa...

Queria que soubesses o tamanho

Do que sinto e não visses tão estranho

Meu instinto de amar com tanta pressa...

Maurilo Rezende
Enviado por Maurilo Rezende em 27/09/2011
Reeditado em 26/02/2020
Código do texto: T3244202
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