SONETO MACABRO
SONETO MACABRO
Mãos enluvadas, a máscara que te desmascara, o doutor asqueroso
Rês em ruína, exposta à incisão do cirurgião, mas ela ainda respira
O caloroso frio, no rio sangrento nasce e uiva teu infortúnio abominoso
Ainda vê seu primeiro pedaço na tevê, sente a vida que te expira.
Vê teus ancestrais em dimensões informais, e cega-se em nuvens infernais
A tez lívida reluz na opaca luz do bisturi e mais uma fatia de ti flui faccioso
São veias, artérias, peles e tripas misturadas a ossos, orelha e tendão cartilaginoso
A morosidade dos movimentos aquieta-se, retiram teus órgãos comerciais.
O rabino e seus asseclas celebram a vitória do virtuoso ato macabro
O gelo conserva a espórtula iminente e carreia a vida-morta para dar outra vida
Depois, Beija a esposa e os filhos ocultando o garbo do teu descalabro.
Cuidado com o confiante amigo protetor, amante da tua família de amor!!!
A autópsia viva de tempos medievais é veraz nos dias atuais, esta em todos os jornais
Nossas crianças são objetos desses imponentes canibais, doutores irracionais.
CHICO DE ARRUDA.