O DEUS DO VENTO

O DEUS DO VENTO

Varria com obstinação o meu terreiro

Já havia juntado num cantinho o lixo

Um vento fresco, todavia desordeiro

Transformou-me num feroz bicho;

Pois esse vento espalhou por inteiro

O lixo no terreiro limpo com capricho.

Diante desta bagunça fiquei grosseiro

Palavrões terríveis fizeram seu nicho

Na minha boquinha que é nada santa.

Eolo ouve meu xingatório, se espanta:

Um mero mortal ofender sua criatura.

Humano mal agradecido! Grande boçal!

Para refrescá-lo enviarei um vendaval

E converter a sua insolência em agrura.

O FILHO DA POETISA

Filho da Poetisa
Enviado por Filho da Poetisa em 26/09/2011
Código do texto: T3242761