DESASSOSSEGO DE AMOR
Não, não te odeio, Amado!
Nem desconjuro nosso leito, é que quando te vejo,
Instala-se no meu peito o desassossego.
Tu foges da nossa sina.
Embriagado nessa amargura rompes barreiras
e te afastas de quem te deaura.
Inclinas tua alma à morte;
Ela do nosso leite bebe, porque tu não me tens.
Não, Amado, a ninguém mais pertenço.
Sou tua, mesmo que a morte me afrontasse a face dealvada,
e, beijando-me para as estremas me levasse.
Jamais a outro eu pertenceria, não te faças alquebrado,
não fustigues teu corpo, tu já me tens para a eternidade.
Sempre tua sou, mesmo que sem consolo e em clausura.
Lembrando da Poetisa Florbela Espanca.
Não, não te odeio, Amado!
Nem desconjuro nosso leito, é que quando te vejo,
Instala-se no meu peito o desassossego.
Tu foges da nossa sina.
Embriagado nessa amargura rompes barreiras
e te afastas de quem te deaura.
Inclinas tua alma à morte;
Ela do nosso leite bebe, porque tu não me tens.
Não, Amado, a ninguém mais pertenço.
Sou tua, mesmo que a morte me afrontasse a face dealvada,
e, beijando-me para as estremas me levasse.
Jamais a outro eu pertenceria, não te faças alquebrado,
não fustigues teu corpo, tu já me tens para a eternidade.
Sempre tua sou, mesmo que sem consolo e em clausura.
Lembrando da Poetisa Florbela Espanca.