O__VENCEDOR




Abandone o meu ser qual seja a musa
Que aos meus passos dá valor, segue e inspira...
Se a vida tida em mim desparafusa,
Se cada sentimento de mim tira

Toda alegria, da esperta até a confusa...
Não há um ser qualquer, q’vive e respira,
Que percebendo, não se sinta‘obtuso,
A insensata ação que à vida atira

O ser, que a recebe e nela é incluso...
Poderei então ser a próxima mira
Neste discurso que é ainda inconcluso?
 

   

“Que pensas poder, se’não fores gira?
Esperas ser ouvido pelo abuso?
Mas’o Divino o pecado te retira...”







Este soneto é dedicado ao caríssimo Jesus Ramos.





José Carlos De Gonzalez
Enviado por José Carlos De Gonzalez em 21/12/2006
Reeditado em 21/12/2006
Código do texto: T324103
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