MÃE NATUREZA
Meus olhos descansam na sua modéstia,
Minha alma também relaxa junto ao arvoredo,
No afago do teu perfume onde a réstia
De ramos enlaçam todo o meu segredo.
Curto esse silêncio junto a minha mãe natureza,
Conselheira das almas solitárias - cheias de saudade -
Comungo sempre esse perfume, graça e beleza,
Ajudam-me em horas fechadas pela contrariedade.
Assim eu respiro e meu coração pulsa no peito,
Antes aflito no desespero de uma perda valiosa.
A vida ensinou-me como encontrar um jeito.
Um jeito gratuito de viver só, serenamente,
Como a água de uma fonte que canta harmoniosa,
Caindo com riqueza com sua calma permanente.
DIONÉA FRAGOSO