SONETO (AZUV)
Mais fúnebre e lúgubre que o cemitério
Está o meu ser lânguido e desolado
Sem entender do amor o seu mistério,
O porquê do meu viver abandonado.
Olho o céu coberto de nuvens cinzas;
Talvez os anjos amontoam turvas águas
Em meio trovões e raios ranzinzas
Que lastimam derramando suas mágoas.
Mas os céus tem as nuvens companheiras
E a noite tem por manto a escuridão,
Já no peito tem as dores costumeiras.
Foi o amor que eu perdi no caminho
(Quando eu voltava da minha paixão),
Então eu tive que voltar sozinho.
(YEHORAM)