Só andança

Aqui, me sento contigo, meu Deus.

Na poesia, também reinvento.

Realizo íntimos pensamentos,

Teço como quero os desejos meus.

Percebes que também Deus posso ser?

Limitado, não encontro limites!

Por que não dá alguns dos seus palpites?

Sabes bem que não sei o que fazer.

Como tu podes ter tanta memória?

Todo o poder que a poesia traz

Não faz alguém ser mais que uma criança

Sentada ali na esquina da história

Sem crescer e vendo o que o tempo faz:

O não início, o não fim, só andança.

Paulo Fernando Pinheiro
Enviado por Paulo Fernando Pinheiro em 25/09/2011
Reeditado em 29/09/2011
Código do texto: T3240290
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