MINA

Ai, que saudade dos sorrisos teus de mina,

nascentes claras de emoções, encantamentos...

Da tua boca que cantava os mandamentos

de meu destino, de meus rumos, minha sina...

Eu guardo ainda teus sabores, sortimentos

em minhas fibras, meus valores e rotina.

Tu me provocas, a alma e corpo, arroubamentos

só de reler-te, em meus instintos, a doutrina...

Que falta eu sinto ter em ti a completude

do meu viver, manhãs solares, plenitude,

sorvendo a paz de tua mágica enseada...

Ora me voas na memória, em céu distante...

Tu me deixaste sem sentido, um nada errante

na mina em pólvora de vida mutilada.

Marco Aurelio Vieira
Enviado por Marco Aurelio Vieira em 25/09/2011
Reeditado em 21/07/2017
Código do texto: T3239506
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