MINA
Ai, que saudade dos sorrisos teus de mina,
nascentes claras de emoções, encantamentos...
Da tua boca que cantava os mandamentos
de meu destino, de meus rumos, minha sina...
Eu guardo ainda teus sabores, sortimentos
em minhas fibras, meus valores e rotina.
Tu me provocas, a alma e corpo, arroubamentos
só de reler-te, em meus instintos, a doutrina...
Que falta eu sinto ter em ti a completude
do meu viver, manhãs solares, plenitude,
sorvendo a paz de tua mágica enseada...
Ora me voas na memória, em céu distante...
Tu me deixaste sem sentido, um nada errante
na mina em pólvora de vida mutilada.