SABIÁ
Canta sabiá, canta! Espalha a mágoa
Que do meu peito faz sua morada.
Dos meus olhos escorrem nuvens de água,
Ninguém me dá notícias dela: a amada!
Eis a dor que na minh’alma trago-a
Por ter amado uma mulher errada.
Sabiá, canta pra curar-me a mágoa
Desta minha alma tanto apaixonada.
Sabiá, está na época de teu canto,
Canta, canta, secando assim meu pranto,
Sei que tens ninho naquele morrote...
Se me ajudares com o teu cantar
Eu juro que vou também te ajudar
Na defesa do teu meigo filhote.
Salé, 24/09/11, às 16h 10min Lucas