O HOMEM E A ENXADA
Tu, talvez, na luta em que me envolvo
Batendo pela sorte e pela vida,
Finges não sofrer quando eu padeço,
Quando o sol sobre meus ombros me intimida.
Mas, ouvindo o teu gemer na terra dura
Enquanto meu suor banha teu corpo,
Parece que é uma voz que alguém murmura:
Um ¨hou¨ que o peso espreme no pescoço.
Tu e eu, ali na mesma luta.
Às vezes numa veiga em meio às plantas,
E outras encarando a terra bruta.
Porém, não pedes nada, pela lida,
E nem do pão que arrancas na labuta.
Tu, és parte de mim, és minha vida.
Tu, talvez, na luta em que me envolvo
Batendo pela sorte e pela vida,
Finges não sofrer quando eu padeço,
Quando o sol sobre meus ombros me intimida.
Mas, ouvindo o teu gemer na terra dura
Enquanto meu suor banha teu corpo,
Parece que é uma voz que alguém murmura:
Um ¨hou¨ que o peso espreme no pescoço.
Tu e eu, ali na mesma luta.
Às vezes numa veiga em meio às plantas,
E outras encarando a terra bruta.
Porém, não pedes nada, pela lida,
E nem do pão que arrancas na labuta.
Tu, és parte de mim, és minha vida.