"COTIDIANO"

O relógio desperta

Quebrando a harmonia

Do silêncio que havia

Pondo a vida em alerta.

Retira-se a coberta

Vai começar outro dia.

Lá fora a mesma agonia

A poluição é certa.

É o ir-se de volta incerta

A buscar a garantia

Do pão à boca aberta.

Cotidiano que atrofia

A existência que se aperta

Neste palco da demagogia.

Profaro
Enviado por Profaro em 23/09/2011
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