"COTIDIANO"
O relógio desperta
Quebrando a harmonia
Do silêncio que havia
Pondo a vida em alerta.
Retira-se a coberta
Vai começar outro dia.
Lá fora a mesma agonia
A poluição é certa.
É o ir-se de volta incerta
A buscar a garantia
Do pão à boca aberta.
Cotidiano que atrofia
A existência que se aperta
Neste palco da demagogia.