FELICIDADE
Fagner Roberto Sitta da Silva
Sonho revê-la, como a via outrora,
surgindo pelos céus da minha infância,
no grande fundo, pano da distância,
num desperdício de ouro, sem demora...
Almejo... Sei que a morte me devora
e, pouco a pouco, embaça a rutilância
dessa alma que antes era cheia da ânsia
alegre e clara como a luz da aurora.
Felicidade que sumiu na estrada
da vida, foi ao lado da esperança
ou ficou com as pedras da jornada?
Mas quem sabe, no tempo de bonança,
a veja como graça reencontrada,
como amado brinquedo de criança...
Garça (SP), 23 de setembro de 2011.