O MEU CADERNO

Lendo minhas poesias no meu caderno

descobri muitas frases entristecidas,

Muitas palavras de ilusões perdidas,

Muitas histórias e momentos ternos.

Descobri, ao ler as poesias do meu caderno,

Que muitas coisas estavam envelhecidas;

Que muitas coisas estavam ali, perdidas,

Escritas num passado de nebuloso inverno.

Quase rasguei cada folha do meu caderno

Por pensar que assim apagaria meu passado

E viveria sem tristeza um incerto futuro.

Porém, pensei bem, pensei como alguém moderno:

Não seria com o meu pequeno caderno rasgado

Que cada luz da minha vida sucumbiria no escuro.