GRITO D´ALMA
Quando conheci a flor do nordeste
Desabrochou no peito grande amor,
Como desabrocha um botão em flor,
Como a alma se abre em luz celeste.
E este etéreo brilho me amantou
Como se amanta o azul no firmamento,
Do poder se envolve o pensamento
Pela meiga flor que tanto amou.
E agora arde no peito este langor,
Pela tristura de crepitar-me em dor
O pranto íntimo ecoa num só grito...
Grita a minh´alma: A quem vou pertencer,
Se cada pulso clama por te querer?
Eu cultivei amor e fui maldito.
(YEHORAM)