SAUDADES AO PARTIR.

Por ventura, saudades, ao partir,

Eu levarei pra último dos abrigos?

Ou somente aqui ficam contigo?

Sempre dúvida existe no porvir.

Ninguém não deixará jamais de ir.

Para mim, verdadeiro e vil castigo

Haverá para todos um dia vir.

Ficarão a tristeza e os bons amigos.

Que fazer?! Não há quem escape dele.

Amanhã que importância tem? Viva!

Medo? Em mim não há! E nem mesmo Dele.

Entretanto, se Ele mesmo existir,

Mas com tanta maldade neste mundo,

Para que mesmo Ele há se servir?

HENRIQUE CÉSAR PINHEIRO

FORTALEZA, JUNHO/2011