AMOR PROFANADO
Eu mais ansiei na vida, o que mais sonhei?
Que este amor no peito se calasse,
Por tudo, por ti, por mais que te amasse,
Parasse a voz do amor que tanto amei.
Mas vejo mais a distância em nosso meio;
O acre sabor na língua e tantas mágoas
E que se traguem na força dessas águas
Livrando me da dor deste tredo enleio.
O salso gosto escorre em desditosa face
Pela dor causada ao romper deste enlace
E a desilusão tragando a carne humana.
Mas logo sente a agonia desta morte,
A morte de estar vivo, sem quem conforte,
Do toque santo que agora nos profana.
(YEHORAM)