Nesga de solidão

 

As folhas caídas no sereno da noite,

respigam a aridez da terra em açoite,

regam a esperança, num novo alvorecer,

espalhando  sementes, a me comover.

 

Um batalhão de espinhos que me invade,

no coração uma nesga de solidão,

a grande ausência que me traz saudade,

na mente, só pensamentos de aflição.

 

Leve tristeza, cogito as madrugadas,

mudo semblante, na luz do lampião,

ouço uma valsa de águas musicadas.

 

Trazendo serenidade e segurança,

do escuro a claridade arpeja o coração,

abrindo os meus poros para a esperança.

 

 

Fatima Galdino

07/02/2012

Fortaleza-Ceará

Fatima Galdino
Enviado por Fatima Galdino em 20/09/2011
Reeditado em 07/02/2012
Código do texto: T3231537
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