Nesga de solidão
As folhas caídas no sereno da noite,
respigam a aridez da terra em açoite,
regam a esperança, num novo alvorecer,
espalhando sementes, a me comover.
Um batalhão de espinhos que me invade,
no coração uma nesga de solidão,
a grande ausência que me traz saudade,
na mente, só pensamentos de aflição.
Leve tristeza, cogito as madrugadas,
mudo semblante, na luz do lampião,
ouço uma valsa de águas musicadas.
Trazendo serenidade e segurança,
do escuro a claridade arpeja o coração,
abrindo os meus poros para a esperança.
Fatima Galdino
07/02/2012
Fortaleza-Ceará