XX XIII

Desprende-se dos meus olhos cinzentos

Minha própria visão... Mando-te agora...

Repara como são meus movimentos

Vindos do Amor que há tempos estertora.

Atenta para o quantos eles são lentos;

Olha com meu olhar o quanto chora

Tanta alma que dedica seus monetos

Ao Amor, ao amor de quem se adora...

Embora eu inda creia, tenta ver,

Não sobrou muito além da minha dor,

Esmaeço ao pensar n'algum prazer

E sinto medo, pois Eva não muda...

Eu te emprestei meu olhos por Amor,

Vê, então, o quanto necessito ajuda.

Maurilo Rezende
Enviado por Maurilo Rezende em 20/09/2011
Reeditado em 20/06/2019
Código do texto: T3230535
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.