XX XIII
Desprende-se dos meus olhos cinzentos
Minha própria visão... Mando-te agora...
Repara como são meus movimentos
Vindos do Amor que há tempos estertora.
Atenta para o quantos eles são lentos;
Olha com meu olhar o quanto chora
Tanta alma que dedica seus monetos
Ao Amor, ao amor de quem se adora...
Embora eu inda creia, tenta ver,
Não sobrou muito além da minha dor,
Esmaeço ao pensar n'algum prazer
E sinto medo, pois Eva não muda...
Eu te emprestei meu olhos por Amor,
Vê, então, o quanto necessito ajuda.