Vaso de Samambaia, de chaves e sobras

Se um dia voltar ao refúgio,

Não notará resquícios seus

Foram afagos em prelúdio

Sobras que ficam no adeus

Seus sons, risos e ruídos

Lacrei tudo em uma ânfora

Lá se confundem aturdidos

Mesmo sedados na cânfora

Fotos, sonetos e tormentos

No baú, com ass e ungüento

Fraquezas, bem sob o tapete

Me reservo os seus cacoetes

Pois se a dor em mim ensaia

Eu os tenho na samambaia

Roberto Chaim
Enviado por Roberto Chaim em 19/09/2011
Reeditado em 19/09/2011
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