Vaso de Samambaia, de chaves e sobras
Se um dia voltar ao refúgio,
Não notará resquícios seus
Foram afagos em prelúdio
Sobras que ficam no adeus
Seus sons, risos e ruídos
Lacrei tudo em uma ânfora
Lá se confundem aturdidos
Mesmo sedados na cânfora
Fotos, sonetos e tormentos
No baú, com ass e ungüento
Fraquezas, bem sob o tapete
Me reservo os seus cacoetes
Pois se a dor em mim ensaia
Eu os tenho na samambaia