Soneto do pelejo
Não sei o acontece no teu coração
Ou o que acalanta o fundo d’alma
Conquistar-te exige da minha ação
Mas me pede paciência e c-a-l-ma
Por que profundo rio de amargura
Se amor à ferida d’alma é ablução
Tentar evadir o axioma não é cura
A um vulcão que é mais explosão
Titubear aos enigmas é fácil saída
São tranças que tentamos conduzir
Se mais simples é o decurso da vida
Curvar-se ao repto sem mais pelejar
Significa asilar a vida em combustão
Ao acaso de um cortejo sem sonhar
Gerson Lourenço