Soneto da conquista
Falar-te-ia de amor numa noite de lua e coração cheio
Cantar-te-ia as canções alegres e outras tantas maresias
Celebrar-te-ia tua vitória com espumas estreladas ao dia
Compensar-te-ia o sono matinal à noite regada à poesia
Tecer-te-ia uma cama de palavras dóceis aos teus ouvidos
Cobrir-te-ia de beijos o teu corpo contra o inverno tão frio
Amanhecer-te-ia ao teu lado com café, leite, mel e frutas!
Entregar-te-ia à boca o pão quente a cantar uma melodia!
Cuidar-te-ia de selar tua correspondência ao céu enluarado
E sentar-te-ia a ler a vida, versos, prosas e tua mão todo dia!
E corrigindo ia toda a imperfeição se houvesse à sinfonia!
Quem sabe assim conquistar-te-ia oh meu grandioso amor!
Que quer ser seu a todo instante num mar róseo de poesia!
Deixar-me-ia rouba-te um beijo-assinado ao som do dia-a-dia!
Gerson Lourenço