DESATINO E DESTINO
Como uma luz que nasceu do mel,
Revelaste os segredos da minh'alma,
És aquela que me adoça e acalma...
Com quem bailo ao ritmo de Ravel.
Nos avistamos em alguma estrela,
E me apaixonei pelo ímpar brilho
Desses olhos; somos trem e trilho;
Tua boca, hoje, quero conhecê-la.
Se adormecemos nas tristezas,
Acordaremos ouvindo um hino,
Em duas semelhantes naturezas.
Único e puro é o nosso desatino,
Como um rio e suas correntezas,
Que nos conduzem a um destino...
(VictorAMPinheiro)