TRISTE SONETO

Estou triste e movido pelo silêncio.

Minha alma anda na escuridão

Do castelo do meu coração

E na penumbra avisto o meu precipício.

Dói a minha alma - dor do meu ofício -

De ser poeta e de sofrer a morte em vão.

Dói a minha alma, dói minha emoção,

Dói a solidão do fim e a vontade do início.

Ao longe, vejo as luzes ainda acesas

E percebo que ainda tem um jeito de viver

Apesar de tantas incertezas.

Basta que alcance as nunvens sem morrer

E faça o Sol brilhar na minha vida

Para que minha alma não seja sucumbida.