ELA
Tanto tempo ficamos frente a frente
E um pelo outro, ano após ano,
Esperando uma palavra, um ato soberano,
Que libertasse este desejo latente.
Você, talvez um gesto, um devir,
Eu, um tremor de lábios, um rubor na face,
Um ato de desespero que nos declarasse,
Ser amor o fogo a nos consumir.
Enluta-se a minh’alma em arrebol,
Cobre-se de tristeza a minha mente,
Escassa do teu olhar vestido de alegria,
Sob o manto amarelo da agonia
Morro todos os dias lentamente,
À sua espera, a cada por do sol.
Tanto tempo ficamos frente a frente
E um pelo outro, ano após ano,
Esperando uma palavra, um ato soberano,
Que libertasse este desejo latente.
Você, talvez um gesto, um devir,
Eu, um tremor de lábios, um rubor na face,
Um ato de desespero que nos declarasse,
Ser amor o fogo a nos consumir.
Enluta-se a minh’alma em arrebol,
Cobre-se de tristeza a minha mente,
Escassa do teu olhar vestido de alegria,
Sob o manto amarelo da agonia
Morro todos os dias lentamente,
À sua espera, a cada por do sol.