LAMENTOS DOS EXECRÁVEIS

Espectros humanos, criaturas vítreas, reflexos esmos,

Sucumbem no âmago de suas excentricidades páreas,

Espúrias desprezíveis escórias que imitam em seu sebo,

Querendo ter sangue pelo mesmo como fossem talhas.

Morrem execráveis por não se conter em negras e vis,

Almas despencam de um novo limbo, todos os pecados,

Porém em último sopro, pegos zumbindo ainda nos diz,

Que foram regrados por vida efêmera e maus tratos.

Fingem em último suspiro, querendo assim da redenção,

Exploram os tolos de alma, e mente dócil, como gentil,

Esvaziando o coração de ser universo e de amor ilusão.

Receoso não pela morte, mas a pós-criação e crença,

Como quem encarna e precisa de um manto ao frio,

Gela, gira, fecunda a megera saudade que prensa.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 19/09/2011
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