XX XI
Aprendi com a dor de uma paixão antiga
Que o Amor pode ter as formas do infinito...
Ele pode calar a doce voz amiga
E, também, transformá-la em incessante grito;
Eu cativei o Amor... Embora Ele não diga...
Apesar desse aspecto obsequioso e esquisito,
Quanto mais eu ordeno ao meu ser que o persiga,
Mais quero colocá-lo em cada verso escrito.
Se Ele deixa saudade em corações covardes,
Com o meu tem chalrado em tantas belas tardes
Que já começo a crer no seu lindo perdão...
Tu que fazes o Amor voltar ao meu futuro,
Toma também a forma eterna de anjo puro
E vem palrar com Deus neste meu coração!