Natureza Morta

A natureza declara-se calada

Numa tristeza nua e desumana

Uma rosa vermelha empalada

Derramando o escarlate em tez mundana

Ao canto esvoaçante e insolente

Dum brejeiro pássaro a voar

Da pavorosa imagem inconseqüente

Das cachoeiras nobres a chorar

Em retratos vagos da memória

Guardo em irrisórios momentos a história

Desse plácido e lento lugar

Como numa apaixonante

Sonata deslumbrante

Da natureza morta,vivento a sombra do luar

Carol S Antunes
Enviado por Carol S Antunes em 18/09/2011
Código do texto: T3227224
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