VIDA AMARGA
VIDA AMARGA
quando se está triste, triste mesmo, sem guia,
sente a dor profunda na alma; corpo sem força
nada existe que dilua a dor, só reforça,
se essa dor tem origem na melancolia.
Desorienta-se a alma, qual medrosa corsa,
corre-lhe um vírus no corpo que o sangue esfria,
e deprimida a mente, o corpo se inebria,
vez que inda em tormentosas mágoas se contorça.
Encolhe-se a mente ante a rebelde razão,
Que diz ser injusto arder no orco incendiado,
Não se aceitando excluído, na solidão
É como me sinto. Anos de sonho velado.
Sonho que me aflige a alma e me leva à exaustão
... e o fado, que me lê a sorte, observa calado.
180911 – Afonso Martini