PARTIDA
“O tempo tem pressa, não espera ninguém – nem por ele mesmo. A vida é cheia de imprevistos, maravilhosa e muito curta. Os sonhos são evanescentes, de alcance limitado que, por vezes, nos foge das mãos como água entre os dedos”.
Milla Pereira
O tempo não espera – pressa tem,
De devorar a vida plena – cheia –,
Às vezes mal a chama incendeia,
Ligeiro não aguarda por ninguém...
E cada sonho é névoa que contem,
E escorre – muitas vezes – como areia,
Esvai-se como um canto de sereia,
E ao coração saudade logo vem...
No caminhar há tantos imprevistos,
São dores, alegrias – sempre mistos –,
Quem dera que esse adeus fosse “até breve!”
Mas quando chega a hora da partida,
Que lanho n’alma ao ver quão curta é a vida,
Tão frágil como um cristal de neve...
18/O8/2O11