PARTIDA

“O tempo tem pressa, não espera ninguém – nem por ele mesmo. A vida é cheia de imprevistos, maravilhosa e muito curta. Os sonhos são evanescentes, de alcance limitado que, por vezes, nos foge das mãos como água entre os dedos”.

Milla Pereira

O tempo não espera – pressa tem,

De devorar a vida plena – cheia –,

Às vezes mal a chama incendeia,

Ligeiro não aguarda por ninguém...

E cada sonho é névoa que contem,

E escorre – muitas vezes – como areia,

Esvai-se como um canto de sereia,

E ao coração saudade logo vem...

No caminhar há tantos imprevistos,

São dores, alegrias – sempre mistos –,

Quem dera que esse adeus fosse “até breve!”

Mas quando chega a hora da partida,

Que lanho n’alma ao ver quão curta é a vida,

Tão frágil como um cristal de neve...

18/O8/2O11

Gonçalves Reis
Enviado por Gonçalves Reis em 17/09/2011
Reeditado em 17/09/2011
Código do texto: T3225272
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