ÚLTIMO LAMPEJO
Neste dia que nasceu em cinzas brumas
Despertei soturno na manhã chorosa,
Pensei que nele ao menos minha rosa
Me acalentasse em suas brandas plumas.
Mas na aflição do dia que áugure insuflara
No seio a rastos da inquietude pungente,
Mas a alma anseia pela luz clemente,
Para que em vez de escura, seja clara.
Se no decorrer do dia não verei teu brilho,
Nem o teu perfume exalar na senda que trilho,
Inda espero a noite pela branca lua.
Do coração sai último lampejo,
Se não morrer as horas antes de ter teu beijo,
Espero por ti, inda na mesma rua.
(YEHORAM)