Soneto do silêncio

Nem mais um segundo

Nem mais um soneto

Jaz o verso moribundo

Morrendo à beira do tinteiro preto.

A lua não pôde interceder,

Se simplesmente acabou a paixão,

Em sua lágrima, o não ter o que fazer

Em seu brilho, o versar da madrugada

Que aos seus pés, em sofreguidão

Ardia, suspirava, e desistia, enfadada.

Quando o teu amor definhou

Não houve leito que bastasse

Nem poesia que declamasse

O que este coração passou.