EMPÍREO
Onde que eu ande tu andarás comigo,
Ar que eu respiro o aroma, lótus, lírio
Do pensamento meu, jardim do empíreo,
Templo do amor, destino que eu persigo.
Por onde andares, eu, também contigo,
Como Otelo e Desdêmona em delírio
Num amargo beijo deram-se ao martírio,
Iremos nós até o nosso jazigo.
Juntos a ele espinhos, folhas, flores
Farão o silêncio eterno de nós dois
Qual colibri nos roseirais agrestes.
E dirá o epitáfio dos amores:
“Calou-se a vida!” Só verão depois
As rosas mortas, murchas nos ciprestes.
Onde que eu ande tu andarás comigo,
Ar que eu respiro o aroma, lótus, lírio
Do pensamento meu, jardim do empíreo,
Templo do amor, destino que eu persigo.
Por onde andares, eu, também contigo,
Como Otelo e Desdêmona em delírio
Num amargo beijo deram-se ao martírio,
Iremos nós até o nosso jazigo.
Juntos a ele espinhos, folhas, flores
Farão o silêncio eterno de nós dois
Qual colibri nos roseirais agrestes.
E dirá o epitáfio dos amores:
“Calou-se a vida!” Só verão depois
As rosas mortas, murchas nos ciprestes.