HORAS CEGAS
HORAS CEGAS
Quando finda o dia e a luz se esconde,
O flavo sol se amanta à baixo o mar,
Mas seu tíbio bafo não sei donde
Irrita-me o calor a molestar.
E vejo que há ainda o céu tão claro,
Mas a noitinha, é certo, já nascera,
Uma fome de pensar que me deparo:
Ontem outro dia já morrera.
As horas cegas correm contra a calmaria
Que ignora a criminalidade e o mal lá fora
antes que dou-me conta já não é mais dia.
E tudo vai acontecendo como agora
o sol se retirando em harmonia,
e a noite vem chegando em boa hora.
(YEHORAM)