Peito Morto
Meu peito é uma imensa caverna
De sangue e escuridão, repleta
Ali dentro, um monstro hiberna
E ronca numa sonolência inquieta
Esse monstro, já não me governa
Seu sussurrar já não me afeta
Pois sua lamentação eterna
Eu calei a golpes de baioneta
Me perguntam porque não amo
Por que nunca cedo a uma paixão
E os meus versos, não mais declamo
Respondo sempre, sem emoção
A criatura, que de monstro, eu chamo
É nada mais que o meu sonolento, coração