VIDA EM CRUCIFIXO
Punição de perjuro no meu íntimo execrada,
Da angústia que prendo neste grito demente,
Mais que a dor que chora assim tão clemente,
Arfa meu peito no punho de trava martelada...
Oh tu! Miséria que em lástima és amaldiçoada,
Desta identidade, que me foi imposta errante,
És também a amargura que se foi lá distante,
Acompanhada da justiça qual me foi roubada.
Ao nosso senhor Deus, nós somos tão tementes,
Fico muito infeliz, e sofro calado pelos ausentes,
No piedoso olhar de faíscas d'minha alma lavada!
Na Tortura do sofrido instante tornei-me bandido,
Carrego o peso e castigo no meu coração sentido,
Onde o eu homem..., morreu em vida crucificada.