AFRODITE
AFRODITE
ceifas tua seara com gadanho de ouro;
garimpas jóias no veio da poesia;
constróis teu lastro de arte de pura magia;
vives tua vida com honra, sem desdouro.
faz parte da vida a triste melancolia
que o poeta se atreve a coroar de louros
se o vate a toma por tema e inventa calouros,
quando nos seus madrigais esbanja arte e orgia.
és tu menina/mulher a deusa do amor
porque tu és dentre as deusas a mais sensual
és carinho e dulçura; tu, fala indolor.
espinhos e perdas em terra – vendaval;
rolam silêncios; mas há nirvanas sem dor,
mas a arte faz tua vida, já és imortal.
140911 – Afonso Martin